Quase 70% dos empreendedores paulistas tomam medidas para diminuir custos devido a inflação
Aumento de preços tem sido um problema para os pequenos negócios, especialmente aos MEIs
Da Redação
Sete entre dez donos de pequenos negócios paulistas já tomaram ou pretendem tomar medidas para conter o impacto da inflação em suas empresas. Entre as micro e pequenas empresas (MPEs), 67,3% afirmam que estão nessa situação. Para 17,8% delas, a saída é economizar itens como combustíveis e energia elétrica, enquanto 16,1% pretende negociar com fornecedores. Já entre os Microempreendedores Individuais, 69,1% estão atentos a medidas contra a inflação, sendo a principal delas economizar com combustível e energia elétrica (resposta de 43,3%). Por outro lado, 32,7% das MPEs e 31,9% dos MEIs não sabem ainda como devem agir para minimizar as perdas com a inflação.
Os números estão no levantamento “A inflação e os pequenos negócios”, realizado pelo Sebrae-SP em maio de 2022, por telefone, a partir de um painel de 1,7 mil MPEs e 1 mil MEIs. A pesquisa faz parte do projeto Indicadores Sebrae-SP, realizado com a Fundação Seade.
De acordo com o levantamento, a inflação é um problema para os pequenos negócios, especialmente entre os MEIs — 82,5% afirmaram que estão sendo afetados pelo aumento de preços. Entre as MPEs, esse índice é de 67,6%. A inflação registrada em 2021 foi de 10,1% (IPCA) e a projeção para 2022 é de 9%. Esse aumento se reflete em custos acima do esperado em itens como combustíveis (58,7% dos MEIs e 44,2% das MPEs), insumos e matérias-primas (48,1% dos MEIs e 41,1% das MPEs) e energia elétrica (40,1% dos MEIs e 24,7% das MPEs).
Para os próximos seis meses, 51,8% das MPEs esperam um aumento nos custos, o que leva 42,8% dos respondentes a achar que terão de elevar os preços dos seus produtos ou serviços. Já em relação aos MEIs, 56,1% esperam um aumento de custos e 38,4% deles acreditam que terão de repassar os aumentos nos seus produtos e serviços.