Botucatu: vereador pede retirada de “orelhões” das calçadas
Autor do requerimento reforça o desuso de tais aparelhos pelos usuários; muitos dos telefones estão quebrados
Da Redação
Largados à própria sorte com o avanço da telefonia móvel, os telefones públicos no estilo “orelhão” começaram a sumir da cena urbana em muitas cidades brasileiras. No entanto, alguns poucos ainda sobrevivem devido a legislação e estão espalhados pelas ruas, praças e áreas públicas.
Em Botucatu é comum verificar que alguns destes telefones públicos ainda estão presentes, principalmente na área central. Mesmo com a ação de vandalismo e pouco uso, muitos encontram-se nos meios das calçadas, prejudicando, por vezes, o passeio do pedestro.
Devido a essa situação, requerimento apresentado na sessão de 24 de outubro da Câmara de Botucatu, pede a retirada completa destes aparelhos das vias.
De autoria do vereador Lelo Pagani (PSDB), o requerimento 699 é direcionado à Vivo, empresa concessionária do serviço de telefonia fixa no Estado. Segundo o parlamentar, a retirada é motivada pelo “desuso, considerando que estão apenas obstruindo a passagem de pedestres, principalmente cadeirantes e pessoas com deficiência visual”.
Atualmente Botucatu possui 69 telefones públicos no estilo “orelhão” espalhados pela Cidade, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações.
Desses, 58 estão operacionais e onze classificados como “em manutenção”. Um desses exemplos é o orelhão existente na Rua Siqueira Campos, onde o aparelho existente está danificado há semanas.
No orelhão da Siqueira Campos o telefone está quebrado, com parte da fiação exposta. Também está inoperante devido aos danos.
Em 2018 uma resolução da própria Anatel liberou as operadoras de telefonia fixa de se investir na instalação de novos telefones públicos do tipo, em troca da ampliação das redes 4G de telefonia móvel.
No entanto, a própria Anatel determina a existência dos orelhoes em locais públicos como delegacias, hospitais, rodoviárias, aeroportos, ou pontos considerados estratégicos.