No estudo, o comportamento de 371 pessoas foi avaliado durante a preparação de uma refeição composta de um hambúrguer de carne de peru moída crua e uma salada pronta para o consumo. Para simular o movimento de um patógeno em uma cozinha, os pesquisadores inocularam um bacteriófago conhecido como MS2 na carne. Ele funciona como um tipo de rastreador seguro, já que infecta bactérias, mas não causa nenhum problema para a saúde humana.
“Os pesquisadores utilizaram swabs para fazer análise da superfícies dos utensílios da cozinha, incluindo frascos de tempero, recipientes que nem sempre são avaliados em estudos sobre contaminação cruzada”, explica Daniele. A partir daí, os cientistas observaram que em todos os tipos de superfícies analisadas foi detectada a presença do marcador. “A frequência com que isso aconteceu para a maioria da superfícies foi menor do que 20%, porém, no caso dos frascos de tempero, os cientistas detectaram o material em até 48% das amostras, ou seja, quase metade deles.”
Em vista disso, a especialista salienta que é essencial tomarmos alguns cuidados para evitarmos a contaminação cruzada, incluindo aí a higienização correta de alimentos, de bancadas, pias, utensílios de cozinha e, principalmente, recipientes de tempero, antes e depois de cada uso. Tudo isso, utilizando os produtos corretos para fazer essa limpeza.
“As boas práticas na manipulação dos alimentos são fundamentais para evitarmos a contaminação e a ocorrência de surtos, tanto em relação ao cozimento adequado desses alimentos quanto não esquecer de lavarmos frequentemente as mãos, além da constate higienização das superfícies de trabalho”, finaliza.