Dia do Campo do Milho da Unesp Botucatu retorna após 3 anos

Evento visa qualificar e atualizar os estudantes e também os produtores e profissionais

Da Redação

No dia 27 de maio, na Fazenda Experimental Lageado, a Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, câmpus de Botucatu, recebeu cerca de 300 participantes na primeira edição do Dia de Campo da Cultura do Milho realizada após a pandemia.

O evento, já em sua 27ª edição, visa qualificar e atualizar os estudantes e também os produtores e profissionais envolvidos no sistema produtivo, bem como apresentar novas tecnologias disponíveis no mercado e formas de manejo.

O professor Juliano Carlos Calonego, supervisor das Fazendas de Ensino Pesquisa e Extensão (FEPE) da FCA, comentou a importância do retorno do Dia de Campo. “É um evento muito tradicional, realizado desde 1992. Sua realização ficou paralisada por três anos, o que nos deixou muito chateados porque é um evento que movimenta toda nossa comunidade. Professores, alunos e servidores se envolvem mesmo. Muita gente de fora da universidade, especialmente produtores da região, espera esse evento para vir até a faculdade conversar sobre a cultura do milho e as tecnologias do setor”.

Para a retomada, a programação foi bastante completa. Após a abertura oficial feita pelo professor Calonego e pelo vice-diretor da FCA, professor Caio Antonio Carbonari, houve uma breve apresentação da a empresa junior Cenagri Jr., e um café da manhã, antes dos participantes seguirem para o campo.

No campo, foram apresentadas genéticas de semente de milho trazidos por duas empresas do setor. Houve ainda apresentações dos grupos de pesquisa Agrimip (Grupo de Pesquisa em Manejo Integrado de Pragas na Agricultura), GPD (Grupo de Plantio Direto) e Gempa (Grupo de Extensão em Manejo de Pastagens). O agrônomo Anderson Romão, pós-graduando da FCA, também fez uma apresentação falando sobre perfil do solo e desenvolvimento de raízes.

Após o encerramento das apresentações nas estações, aconteceu uma feira com doze empresas mostrando seus produtos e serviços. “Os alunos e produtores participantes puderam percorrer os estandes tirando dúvidas e conhecendo as novidades em equipamentos, tecnologias de aplicação de defensivos, produtos químicos e biológicos e outros temas”, contou o professor Calonego. “A importância para nós é abrir as portas da universidade e da FCA para que o público externo possa ter acesso ao que está sendo discutido aqui dentro, os estudos desenvolvidos pelos grupos de pesquisa, fazer esse elo de ligação entre empresas, profissionais do agronegócio, produtores da região, além de preparar nossos alunos, mostrando o que temos em termos de mercado, de campos de atuação no setor, proporcionando a eles uma atividade prática no campo”.

O professor Carbonari também falou sobre a importância da realização do Dia de Campo após o hiato forçado pela pandemia. “Estamos muito felizes em fazer essa retomada, porque é um dos eventos mais tradicionais da FCA. A universidade pública só faz sentido se ela estiver aberta à sociedade. Para nós, como uma unidade de ciências agrárias, receber o produtor rural, transferir, compartilhar o conhecimento gerado aqui dentro é fundamental. Essa integração entre professores, alunos, servidores técnico-administrativos, particularmente os das Fazendas, e os produtores rurais é muito importante”.

O vice-diretor também fez questão de agradecer a participação das empresas parceiras. “Essa parceria estratégica significa um processo de confiança mútua. Ter o setor produtivo de máquinas e insumos integrado ao evento também é fundamental”.

O Dia de Campo da Cultura do Milho foi uma realização das FEPE da FCA e Cenagri Jr., com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Gempa, GPD, Agrimip, Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf) e Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp.