Ação evita que bandidos utilizem chips de celulares de vítimas em novos aparelhos
Da Agência Brasil
A operadora Vivo passou a bloquear as linhas de telefones roubados a partir de alertas do Programa Celular Seguro. A medida inutiliza o chip de aparelhos de vítimas, evitando que bandidos os instalem em novos celulares com o objetivo de clonar o WhatsApp e redes sociais para aplicar golpes financeiros.
Entre as ações que possibilitaram a adesão, está a mudança na gestão da equipe de tecnologia da informação do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que passou a ser coordenada por peritos da Polícia Federal indicados pelo secretário-executivo.
De acordo com o diretor de Relações Institucionais de Vivo, Tiago Machado, mais de 100 chips já foram bloqueados após alertas do Celular Seguro desde segunda-feira (27), quando a adesão foi confirmada.
Além da Vivo, as operadoras Claro e Tim já realizam o bloqueio das linhas a partir de alertas da ferramenta. Os aplicativos bancários instalados nos aparelhos também são bloqueados para preservar as informações das vítimas e evitar golpes.
Novas ações – Rastreamento
Uma das medidas para ampliar o escopo do programa Celular Seguro é a incorporação de um protocolo de rastreamento e recuperação de telefones móveis desenvolvida no Piauí. Quando uma nova linha é habilitada, as empresas de telefonia informam em qual local e aparelho a nova conta foi criada. Caso haja um registro de furto ou roubo, o receptador é intimado, via whatsapp, a comparecer a uma delegacia para esclarecer a situação. Equipes técnicas do MJSP e do governo do estado trabalham para unir as duas iniciativas.
Caso não tenha a nota fiscal, terá que entregar o telefone às autoridades, que o encaminham para os verdadeiros donos. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública piauiense, no primeiro trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado, o crime de roubo de celulares recuou 44% no estado, enquanto o furto diminuiu 18%. Já o índice de recuperação de aparelhos aumentou 139%.
Celular Seguro
O projeto já ultrapassou a marca de 2 milhões de cadastros de usuários. O acesso é feito por meio do gov.br. Os celulares podem ser registrados via site ou aplicativo, disponíveis na Play Store (Android) e na App Store (iOS). A ferramenta já recebeu quase dez mil alertas de usuários referentes a perda, roubo ou furto de aparelhos.
Bloqueio do celular
Com a iniciativa, as vítimas de furto e roubo de dispositivos móveis podem bloquear o aparelho, a linha (chip) e aplicativos digitais em poucos cliques. As empresas que já aderiram e as medidas que elas adotam estão descritas nos termos de uso. Não há limite para o cadastro de números, mas eles precisam estar vinculados ao CPF do titular da linha para que o bloqueio seja efetivado.
Cada pessoa cadastrada no Celular Seguro poderá indicar pessoas da sua confiança, que estarão autorizadas a efetuar os bloqueios, caso o titular tenha o celular roubado, furtado ou extraviado.
Também é possível que a própria vítima bloqueie o aparelho acessando o site por um computador.
Bancos
Após o registro de perda, roubo ou extravio do celular, os bancos e instituições financeiras que aderiram ao projeto fazem o bloqueio das contas. O procedimento e o tempo de bloqueio de cada empresa estão disponíveis nos termos de uso do site e do aplicativo.
Desbloqueio
O Celular Seguro representa um botão de emergência que deve ser utilizado somente em casos de perda, furto ou roubo do celular. A ação garante o bloqueio ágil do aparelho e de dispositivos digitais.
A ferramenta não oferece a possibilidade de fazer o desbloqueio. Caso o usuário emita um alerta de perda, furto ou roubo, mas recupere o telefone em seguida, terá que solicitar os acessos entrando em contato com a operadora, bancos e outros. Cada empresa segue um rito diferente para a recuperação dos aparelhos e das contas em aplicativos, descrito nos termos de uso.