Projeto da Unesp Botucatu conscientiza sobre câncer em animais domésticos

Grupo identificou desconhecimento dos tutores sobre os sinais iniciais da doença

Da Redação

O Projeto Lótus é um Projeto de Extensão cuja iniciativa é desenvolver atividades com o objetivo de conscientizar a população sobre os principais sintomas e formas de prevenção do câncer em animais de estimação. A análise dos casos de animais diagnosticados com neoplasias atendidos no Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp, câmpus de Botucatu, demonstraram que se faz necessária uma ação específica do médico veterinário em ações de prevenção.

A partir das reflexões sobre os índices e alternativas para o atendimento precoce, os estudantes do Grupo de Extensão Lótus se propuseram a desenvolver atividades educativas com vistas ao ensino e aprendizagem como uma das formas para esclarecimento da sociedade. É importante destacar, que os estudantes deste grupo identificaram desconhecimento dos tutores sobre os sinais iniciais da doença, o que faz com que o atendimento veterinário seja procurado tardiamente, quando a doença está estágios avançados.

A coordenadora do Projeto Lótus, a professora Noeme de Sousa Rocha, cuja experiência na área da Patologia demonstra conhecimento ímpar, e os estudantes integrantes do grupo se propuseram a, além de alertar a sociedade como um todo sobre as questões supracitadas, também se mobilizarem para desenvolver atividades pedagógicas com estudantes da educação básica. A iniciativa contou com apoio de Eliana Curvelo, assessora pedagógica da FMVZ, e da professora Valéria Rossi, diretora da EMEF “Prof. Jonas Alves de Araújo”, que autorizou a realização da atividade, considerando a importância de educação científica para as crianças.

Com o objetivo de educar de forma lúdica, visto a percepção que a criança é o agente que, ao ser informada, tem condições de observar e interagir com os animais de estimação e poderem identificar os primeiros sinais de câncer, os graduandos do curso de Medicina Veterinária começaram a desenvolver as atividades para serem realizadas. Para tanto, foram escolhidas crianças dos sextos anos, especificamente por pertencerem à idade o “operatório concreto”. Neste período as crianças aprendem a fazer agrupamentos e percebem as classificações e correspondências simples. Desta forma, as informações dadas podem ser internalizadas e demonstradas como conhecimento.

No primeiro semestre de 2024, a primeira interação foi realizada, de forma intencional os estudantes da graduação, como facilitadores de procedimentos com o uso de “palavras-sinal”, fizeram uma roda de conversa na qual os alunos foram apresentando seus conhecimentos prévios sobre o câncer, ao mesmo tempo eram realizadas intervenções com o objetivo de demonstrar a importância do conhecimento científico, por meio da aprendizagem assistida ou participação orientada.

Os alunos da educação básica foram construindo novas formas de percepção e assimilando aprendizagens sobre o câncer em animais. Dando continuidade as atividades, no segundo semestre, o Grupo Lótus, em nova atividade de interação, apresentou cartões com ilustrações de pares – exemplos semiprontos nos quais os alunos da educação básica, poderiam interagir e ao realizar os pares, relembraram as informações abordadas no primeiro semestre. Utilizando uma avaliação empírica, por não ser um estudo científico, os integrantes do grupo Lótus nessa última intervenção, puderam perceber que as crianças lembraram dos “futuros” médicos veterinários e que haviam assimilado as informações do primeiro momento de interação pedagógica e, apesar de serem distantes no período, revelaram o potencial de aprendizagem das crianças.

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