Projeto da Unesp Botucatu leva terapia assistida por animais a serviços de saúde
Projeto visita unidades de saúde oferecendo colaboração para atividades terapêuticas
Da Redação
Projeto de extensão desenvolvido pela Faculdade de Medicina Veterinária da Unesp, campus de Botucatu, com a participação de alunos e docentes, está levando a Terapia Assistida por Animais (TAA) para instituições de saúde sediadas no município, oferecendo uma colaboração relevante para suas atividades terapêuticas, a partir da interação entre homens e animais.
Denominado “Patas amigas: Terapia Assistida com Animais como instrumento de bem- estar físico, social, emocional e cognitivo”, o projeto coordenado pelos professores Juliany Gomes Quitzan e Paulo Fernandes Marcusso, promove atividades de terapia assistida por animais na Associação de Pais e Amigos do Excepcionais (APAE) de Botucatu e no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) e no Centro de Atenção Integral à Saúde (CAIS) Professor Cantídio de Moura Campos.
Equipe do projeto visita as instituições parceiras, levando cães para ter contato com pacientes e usuários dos serviços oferecidos por essas entidades. O objetivo é utilizar a TAA como instrumento de bem-estar físico, social, emocional e cognitivo para esse público. O projeto foi concebido por médicos veterinários, mas contou com o auxílio de enfermeiros, psicólogos e médicos pediatras e neurologistas. As ações ocorrem em forma de rodízio, beneficiando as instituições parceira. “Dessa forma, estaremos presentes dentro de cada uma dessas instituições, com ações sempre monitoradas e multiprofissionais”, coloca o professor Marcusso.
A Terapia Assistida por Animais (TAA) é uma modalidade de terapia que utiliza animais para promoção do bem-estar humano e animal. “Ela tem sido utilizada como um instrumento auxiliar no tratamento de algumas doenças, mostrando uma série de efeitos benéficos em pacientes psiquiátricos, adultos, crianças hospitalizadas, idosos, entre outros”, comenta a professora Juliany.
Cães de diferentes raças foram avaliados e treinados para se tornarem cães-terapeutas. “O perfil e comportamento dos animais foram avaliados previamente e uma série de exames foram realizados, para garantir que o cão não é portador de nenhuma doença que possa ser transmitida ao ser humano”, explica a professora.
Ações têm entre 20 a 60 minutos no máximo, de acordo com a quantidade de pacientes, nível de interação e objetivos terapêuticos desejados. “Nossa meta é que os pacientes possam se beneficiar com as sessões e que os estudantes possam interagir com a comunidade local em prol do desenvolvimento social, da construção de valores a partir do contato dos acadêmicos e pós-graduandos da área da saúde com a prática do atendimento humanizado”, ressalta o professor Marcusso.
A FMVZ já teve iniciativas semelhantes no passado, que inspiraram a criação do “Patas Amigas”. Em 2001, a FMVZ promoveu um primeiro projeto de extensão com esse enfoque, coordenado pela professora Denise Schwartz, então docente da Faculdade e atualmente na FMVZ/USP. A iniciativa foi retomada em 2018, agora com o nome de “Patas amigas”, sob a coordenação da professora Juliany e do professor José Carlos de Figueiredo Pantoja, com a participação do Grupo PET (Programa de Educação Tutorial) da FMVZ. “Eu também participei do projeto “Mascote Terapia”, que inspirou a criação do “Patas Amigas”. Quando retomamos as atividades, contamos com a ajuda da médica veterinária Luciana Mobricci, coordenadora do programa “Bichos do Bem”, em São José dos Campos. Ela foi aluna na FMVZ e, junto comigo, participou do “Mascote Terapia”.