Vocalista do Vanguart diz que próximo trabalho do grupo explorará nova sonoridade
por Flávio Fogueral
O Vanguart é um grupo de vanguarda, com o perdão do trocadilho. Foi uma das primeiras bandas a se atentar ao poder da internet para divulgação do trabalho e não como a vilã que artistas mais antigos a tacharam. Ainda mesclaram uma sonoridade que passa pelo folk, rock indie, o rock and roll clássico e a música clássica.
Tanto que a formação da banda possui músicos que fogem do esterótipo roqueiro. Além do vocalista Helio Flanders que também assume as vezes do violão, trompete e gaita), Reginaldo Lincoln (voz, baixo e bandolim), Fernanda Kostchak (violino) e David Dafré (guitarra, lap steel, clarinete e vocais). Boa parte das composições giram em torno de dilemas cotidianos, sejam sentimentais ou mesmo de existência.
A história do Vanguart, é ligada diretamente ao desejo de Flanders em ser músico. Com o desejo de ser músico, inciou as primeiras gravações. Não gostou do trabalho lançado e o engavetou. Após um tempo longe, retomou o projeto. A banda que até hoje está nos palcos. Inclusive o nome “Vanguart” originou-se após o vocalista assistir a um programa de TV sobre Andy Warhol, o papa da cultura pop. (Quer saber mais? Clique aqui)
Quase uma década depois de seu primeiro trabalho oficial lançado e a evidência no cenário musical nacional (em parte, graças ao MySpace e redes sociais), a banda tem uma carreira consolidada. Figura frequentement em festivais e programas de alcance nacional. Ao todo, são 9 trabalhos lançados entre a experimentação solo de Flanders e a banda conhecida atualmente.
A apresentação no sábado, durante a Virada Cultural Paulista 2016, foi a segunda passagem da banda por Botucatu. O show fez parte da divulgação do DVD ao vivo “Muito Mais Que O Amor Ao Vivo” que é, como o próprio Helio Flanders reforça, uma passagem para o novo trabalho e a ruptura sonora. Confira abaixo a entrevista exclusiva do músico para o Notícias.Botucatu:
Notícias: O novo projeto do Vanguart é o DVD ao Vivo inspirado no álbum “Muito Mais Que O Amor”. Mas, além deste registro, a banda procura também fazer uma “ruptura” da própria sonoridade. De que forma isso ocorrerá?
Helio Flanders: O Vanguart está agora nesse momento da turnê que vem dado muito certo. É um show que tem nos levado para lugares diferentes e apresentado a banda para pessoas novas. Tudo isso é especial. Sempre fazemos essa apresentação nos finais de semana; e durante a semana estamos em casa preparando um novo trabalho. É um álbum que é uma ruptura, que fará com que a banda se auto instigue para produzir algo que esteja além de nossa zona de conforto, extrair algo novo da musicalidade.
NB: Já há um direcionamento neste novo álbum?
HF: Ainda estamos em um momento embrionário. Posso dizer que escuto e sinto esta sonoridade, mas ainda não consigo traduzir em uma sinopse. Já falamos de amor, de sol. Talvez possamos ter um som um pouco mais soturno, porque tudo isso faz parte do amor que não e somente sol, mas também é a noite.
NB: Mesmo com essa “ruptura”, o amor continua sendo a constante da banda…
HF:… é, o amor ou o desamor. No fundo é a mesma coisa, pois a busca é a mesma. Quando falamos mais que o amor é a ausência de amor. Não necessariamente é uma constante. Existem coisas na vida que são maiores que o amor como uma transformação profunda na vida ao encontrar uma profissão, por exemplo. O amor romântico, o dos versos e heróis, esteja só na arte. Na vida, o amor é outra coisa.
Confira trechos da apresentação da banda na Virada Cultural: