UNESP Botucatu inicia implantação do Centro de Engenharia da Plasticultura

Universidade passa a oferecer espaço destinado à pesquisa aplicada em cultivo protegido

Da Redação

A Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, câmpus de Botucatu, por meio do Departamento de Produção Vegetal (Setor de Horticultura), deu início às atividades locais do Centro de Engenharia da Plasticultura (CEP), um espaço destinado à pesquisa aplicada em cultivo protegido.

O centro de pesquisa que começa a ser implantado em Botucatu é voltado para estudos com a produção de alimentos orgânicos. Ele integra o Centro de Engenharia de Plasticultura Braskem-FAPESP, um centro multidisciplinar que reúne especialistas de diversas áreas, como silvicultura, produção de alimentos orgânicos, cultivo protegido de vegetais e frutas, análise técnico-econômica, aquicultura, ciência de polímeros, reciclagem, economia circular, logística reversa e design. Seu objetivo é desenvolver, modificar e validar soluções disruptivas de plasticultura para melhorar o desempenho dos produtos e adaptar soluções plásticas existentes para diferentes culturas, abordando problemas específicos.

Os estudos do CEP nesse segmento serão conduzidos pelos professores e pesquisadores Filipe Pereira Giardini Bonfim e Santino Seabra Júnior, responsáveis pela execução na Unesp de Botucatu, com a participação do pesquisador Victor Augusto Forti (Universidade Federal de São Carlos) e coordenação geral do professor Fabrício Rossi (Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP, câmpus de Pirassununga).

Na etapa Botucatu, a implantação do Centro começou com a entrega de uma estufa agrícola pela empresa Zanata Projetos, para a avaliação da produção de hortaliças orgânicas em estufas em comparação ao cultivo em campo aberto. Os estudos terão ênfase em ganhos de produtividade (meta de até 50% de aumento), redução de custos (expectativa de 25% a menos nos gastos de produção) e sustentabilidade (maior eficiência no uso de insumos e manejo orgânico).

A estrutura experimental implantada conta com filme difusor nacional de 150 micras, telas anti-insetos, sistema de tutoramento com arames de alta resistência e irrigação por gotejamento setorizado, alimentada por reservatório de 10 mil litros. As culturas inicialmente estudadas serão tomate, alface e pepino, em diferentes épocas de cultivo (primavera/verão e outono/inverno).

Além da pesquisa científica, a etapa Botucatu envolve a formação de estudantes de graduação e pós-graduação em horticultura sustentável, com bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado vinculadas ao projeto. Os coordenadores locais esperam que os resultados incluam não apenas ganhos técnicos e econômicos, mas também consolidem a FCA/Unesp como polo de referência nacional em cultivo protegido orgânico.

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