O ‘amor verdadeiro’ do Natal

O Natal traz esses mistérios e gera sempre reflexão

por Oscar D’Ambrosio

Às vésperas do Natal deste 2016, não são poucos (na verdade, são muitos) aqueles que observam a falta de decoração nas ruas ou mesmo nas residências. Também é onipresente um sentimento de felicidade por este ano terminar, mas não existe grande confiança em melhoria para o próximo.

Talvez seja o momento de retomar as histórias infantis. Nelas, princesas despertam  ou milagres acontecem quando ocorrem beijos de “amor verdadeiro”. Difícil definir o que venha a ser isso, mas é um conceito que ninguém discute. Não se define, mas todos parecem saber o que é.

Pode-se pensar que seja apenas algo que vem de dentro de cada um, indefinível mesmo, um momento mágico, como uma noiva entrando na Igreja sendo admirada por todos ou um instante inexplicável de silêncio encantador numa atividade esportiva, numa festa ou num evento familiar.

O Natal traz esses mistérios e gera sempre reflexão. Há a valorização do instante vivido com intensidade, distinto do cotidiano que pode parecer ou ser repetitivo. Renova, e, portanto, precisa ser otimista. Não ingênuo, mas pleno da convicção de que recomeçar é mais do que começar de novo. É se rever perante si mesmo e perante o mundo. Esse pode ser o espírito do “amor verdadeiro” de que precisamos.

Oscar D’Ambrosio é doutor em Educação, Arte e História da Cultura, mestre em Artes Visuais e Assessor de Comunicação e Imprensa da Unesp.

Deixe um comentário