Ato em Botucatu, neste domingo (21), pedirá renúncia de Temer e eleições diretas
Concentração será no Largo da Catedral, a partir das 11 horas e reunirá movimentos sociais, partidos de oposição e populares
por Flávio Fogueral
Neste domingo (21), um ato protestará novamente contra o governo do presidente Michel Temer (PMDB) onde será pedida sua renúncia e a realização de eleições diretas. A concentração será no Largo da Catedral, a partir das 11 horas e reunirá movimentos sociais, partidos de oposição e populares.
O ato tem a organização da Frente Brasil Popular- Sementes da Democracia, Povo sem Medo, Viva Botucatu, coletivos LGBT, sindicatos, coletivos dos direitos da mulher, estudantes e outras segmentações sociais. Durante o evento deverão ser debatidos aspectos como a atual conjuntura política e econômica, aprovação das reformas Trabalhista e da Previdência; além de outros pontos de interesse dos grupos.
A manifestação foi marcada devido às atuais denúncias do suposto envolvimento de Temer no esquema de pagamento de “mesada” ao ex-deputado e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O fato foi revelado, na quinta-feira (17) em delação premiada pelos proprietários da JBS. As denúncias também atingiram o senador afastado e ex-presidente nacional do PSDB, Aécio Neves. No mesmo dia, o presidente da República, em pronunciamento, disse que não cogita renunciar.
Mesmo assim, mais de oito pedidos de impeachment do peemedebista foram protocolados na Câmara dos Deputados. Todos estão sob análise do presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia, da base aliada ao governo Temer.
O movimento pede a realização de eleição direta para a presidência da República. Isso porque, em caso de renúncia de Temer ou mesmo seu mandato sendo cassado, a Constituição prevê a realização de eleição indireta para o cargo, promovida pelo Congresso Nacional. Tal medida ocorre porque faltam menos de dois anos e meio para o encerramento do mandato de Temer.
Já está em tramitação, porém, uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), que estabelece a eleição direta em caso de vacância do cargo de presidente, seja por renúncia ou impedimento, independente do tempo que faltar para terminar o mandato.