Botucatu é uma das cidades que mais fecharam postos de trabalho na indústria, aponta Fiesp
Isso representa que a indústria paulista fechou 2.500 postos de trabalho entre agosto e setembro
por Flávio Fogueral com Assessoria Fiesp
A indústria botucatuense figura novamente como uma das mais afetadas pelo fechamento de vagas formais de emprego. Pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 11, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em conjunto com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), mostra que o setor produtivo paulista apresentou recuo de 0,11% em agosto.
Isso representa que a indústria paulista fechou 2.500 postos de trabalho entre agosto e setembro. A regional de Botucatu figura como a terceira que mais concentrou dispensas, com variação negativa de 1,45%, influenciado pela produção de veículos automotores e autopeças (-6,11%), coque, petróleo e biocombustível (-5,79%).
Dados do Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged), instrumento do Ministério do Trabalho para mensurar o nível de emprego, apontam que a indústria botucatuense emprega mais de 9.550 pessoas, em 502 estabelecimentos neste ramo produtivo. No entanto, de janeiro a agosto, ocorreram 1.189 contratações diante de 949 demissões.
Além de Botucatu, outras regiões que puxaram a queda no número de vagas foram São Bernardo do Campo (-2,49%), por veículos automotores e autopeças (-2,61%) e produtos de metal (- 3,18%); Jacareí (-1,80), por outros equipamentos de transporte (- 20,84%) e bebidas (- 1,39%).
Em contrapartida, as regiões com maiores aberturas de vagas foram Santo André (1,38%), influenciada pelo setor de produtos alimentícios (11,40%) e produtos de borracha e plástico (0,94%); Marília (1,10%), por produtos alimentícios (1,48%), produtos de borracha e plástico (5,51%) e Jaú (0,97%), por artefato de couro e calçados (2,82%) e papel e celulose (7,32%).
Mesmo com os resultados, a Fiesp e o Ciesp apontam recuperação no nível de produção industrial no Estado e a consequente abertura de vagas. O acumulado no ano segue com 5,5 mil novos postos de trabalho. Somente a indústria de alimentos gerou 1060 novos postos de trabalho, enquanto que a de veículos automotores, reboque e carroceria demitiu mais de 1.170 pessoas.