Ex-ministro da Previdência estará em Botucatu para debater mudanças nas aposentadorias e pensões

O evento está marcado para às 19 horas, na sede da OAB, na Praça XV de Novembro nº 30, em Botucatu

por Flávio Fogueral

Nesta quinta-feira, 26, o ex-ministro da Previdência Social dos governos Lula e Dilma Rousseff- ambos do PT-, Carlos Eduardo Gabas, participará de palestra em Botucatu para apresentar os impactos diretos da reforma previdenciária na vida do brasileiro. O evento está marcado para às 19 horas, na sede da OAB, na Praça XV de Novembro nº 30, em Botucatu. A entrada é gratuita e aberta a todos os interessados sobre o assunto.

Iniciativa, da Frente Brasil Popular-Sementes da Democracia, em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)- Subsecção de Botucatu, proporcionará amplo debate sobre as questões mais polêmicas da possível reforma previdenciária como a idade limite para aposentadorias, contribuições e benefícios aos aposentados e pensionistas.

Gabas foi ministro da Previdência em três oportunidades: a primeira em 2008 e a segunda entre 2010 e 2011, no governo do ex-presidente Lula. Retornou ao cargo em 2015, no mandato de Dilma Rousseff. O ex-ministro é um dos principais críticos das propostas apresentadas pelo atual governo para a reforma da área previdenciária. Em entrevista ao portal Brasil 247, atribui as propostas do governo Michel Temer (PMDB) de “brutais e excludentes”, reforçando que não há “rombo na Previdência Social”, em contraponto ao discurso governista de que a área apresentará déficit passará de R$ 202,2 bilhões em 2018.

 “O governo faz uma confusão proposital dos números para dizer que estamos quebrados. Mas a verdade é que a Previdência não é deficitária. Podemos afirmar com muita certeza: a dificuldade apresentada hoje é conjuntural e não estrutural. E você não ataca um deficit conjuntural não indo na raiz do problema, que é a crise econômica”, declarou o ex-ministro durante evento, no mês de março, em Recife, promovido pelo senador Humberto Costa (PT).

Em vias de ser apreciada pelo Congresso Nacional, a Reforma da Previdência impactará milhões de brasileiros diretamente. Entre as principais mudanças, maior tempo de contribuição e de idade para a aposentadoria. O brasileiro passaria a ser obrigado a contribuir, no mínimo, por 25 anos; além de ter 65 anos para o benefício- tanto para os homens quanto mulheres.

Pelos canais oficiais de comunicação, o Michel Temer tem declarado que a Reforma da Previdência é necessária e que, sem ela, haverá desequilíbrio nas contas do governo. Atribui sua aprovação disse que parte das propostas tende a tornar a Previdência Social mais “justa” e evita distorções como super aposentadorias, ou mesmo trabalhadores da área rural contribuindo por longos períodos.

O próprio presidente garantiu que as mudanças não afetarão os que se aposentaram pelas regras atuais. Também disse que será criada regra de transição para as novas normas. As medidas, aliada com a crise política e de imagem de Temer, tem feito com que a apreciação da Reforma da Previdência seja adiada pelo Congresso Nacional. Devido às repercussões e manifestações de centrais sindicais e mesmo de setores da sociedade, o próprio governo admite apresentar uma reforma mais amena, com concessões quanto aos tempos de contribuição, de idade e outros pontos ainda em discussão.

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