Assassino do caso Dominique enfrentará juri popular em Avaré
A jovem foi morta em 2013, quando voltava de uma festa do peão, na cidade de Arandu
Por Christian Castilho
Diego do Nascimento, 22 anos, acusado de matar a jovem Dominique de Oliveira Machado, enfrentará juri popular no próximo dia 29 de junho, às 10 horas, no Fórum de Avaré. Caso seja condenado, o advogado pode recorrer.
Em 2015 Diego foi preso acusado de matar a garota, mas negou as acusações. Ele estava acompanhando de um amigo, identificado como Carlos Eduardo, que também foi preso por ser cúmplice.
O crime aconteceu em março de 2013 quando a jovem voltava da Festa do Peão (EXPOMAAR), em Arandu. Segundo investigações da polícia, as testemunhas ouvidas, entre eles os amigos de Diego, relataram que o suspeito teria brigado com Dominique, saindo da festa com a vítima. O acusado, aponta o inquérito, voltou sozinho depois de um tempo, com marcas de agressões em seu corpo e sangue nas mãos.
A vítima foi encontrada em uma vala na Avenida Mário Covas, no Parque Industrial, em Avaré, onze dias depois de a família ter denunciado o sumiço da jovem que, na época, tinha 18 anos. Um morador perto do local, sentiu um forte odor e foi até a vala para conferir. Nisso, acabou por encontrar o corpo de Dominique em composição. Ele acionou a Polícia e constataram que se tratava da garota desaparecida.
Em setembro de 2015, Diego e Carlos Eduardo, 22 anos, foram capturados pela Polícia de Investigações de Avaré (DIG), após a equipe reunir provas suficientes para que a dupla fosse presa. Na época Carlos foi levado para a prisão de Sarutaiá, enquanto o suspeito pelo crime foi levado para a cadeia de Tejupá.
Carlos foi preso por ser acusado de cúmplice do crime. Em seu primeiro depoimento, ele falou que teria se separado do casal e encontrado um amigo, identificado como Paulo. Por volta das 3h30, ele voltou a encontrar Diego e, perguntou sobre Dominique. O acusado teria informado que a jovem teria ido embora a pé, e que ele teria ido encontrar ela, mas não a encontrou. Então, resolveram voltar para Avaré e acabaram dando carona para Paulo.
Em fase policial, Carlos prestou depoimento pela segunda vez e confirmou metade do que tinha dito no primeiro depoimento, mas acabou contando uma outra versão a polícia. Ele perguntou sobre Dominique para Diego, e o mesmo informou que teria brigado com a garota e ela teria ido embora a pé. Ele também questionou o local onde o veículo foi estacionado, já que não estava no local onde ele estacionou. Diego afirmou que teria saído com a garota. Ele também citou em seu depoimento, que o amigo estava com arranhões no corpo e sangue nas mãos.
O depoente também relatou que o amigo teria confessado o crime e acabou jogando o corpo de Dominique em uma vala. Diego também foi acusado de ameaçar a testemunha e arquitetar o que o Carlos deveria falar a polícia, caso eles fossem acusados do crime.
*Christian Castilho é estudante de jornalismo da Eduvale Avaré e estagiário do Notícias Botucatu.