Paulo Guedes apoia a liberação de cassinos no Brasil

A princípio, os jogos seriam regulamentados para atuar em um ambiente fechado e devidamente controlado

da Redação

O embate sobre a regulamentação dos jogos no Brasil se arrasta no Congresso, desde agosto de 2016, mas ganhou força e apoio do ministro diante da prolongada crise econômica do país.

Desde a proibição dos jogos no Brasil em 1946, baseado apenas nos dogmas religiosos do então presidente Eurico Gaspar Dutra, sob o argumento de que o jogo é degradante para o ser humano, uma enorme crise se instalou nos mais diversos setores da economia.

Além dos mais de 40 mil desempregados, após o fechamento dos cassinos e casa de jogos, muito trabalhadores viram as suas atividades, que estavam relacionadas a presença dos turistas, regredir de maneira abrupta, isso acarretou a falência de várias empresas.

A decisão ainda criou o movimento que perdura desde então, onde uma série de trabalhadores não encontram oportunidades de emprego em cidades turísticas, e acabam migrando para grandes centros urbanos, este fator cria uma densidade populacional muito grande e uma péssima distribuição de renda.

Atualmente, diante da prolongada crise econômica do país, a regulamentação dos jogos tem ganhado força a cada dia, e já conta com o apoio de nomes importantes no governo, como o ministro da Economia, Paulo Guedes, que manifestou a pessoas mais próximas, a ser favorável a legalização de cassinos em ambiente controlado.

A princípio, os jogos seriam regulamentados para atuar em um ambiente fechado e devidamente controlado, com a intenção de atrair mais turistas, aumentar o gasto de moeda estrangeira em território nacional, como dentro de resorts e hotéis.

Um dos grandes nomes do mercado que tem interesse em estabelecer as suas atividades fisicamente no Brasil, é o Sportingbet. Este operador provavelmente será o maior gerenciador de estabelecimentos de jogos físicos, aqui em território nacional. Isso porque já opera de maneira muito presente, de forma virtual, no mercado brasileiro e se tornou um dos nomes mais reconhecido e atuante desde o ano de sua criação. Hoje em dia está presente em vários campeonatos de futebol, como patrocinador, e com a regulamentação a sua presença no mercado deve aumentar ainda mais.

Além de Paulo Guedes, muitos políticos importantes já se mostraram favoráveis a comissão especial do Marco Regulatório dos Jogos, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e do presidente da Embratur, Gilson Machado.

A posição política de mais elevado cargo do país, também apresenta o seu apoio a regulamentação, mesmo que de forma velada, o presidente da república, Jair Bolsonaro, também vê com entusiasmo a liberação de jogos no Brasil, ao menos é o que informou um dos assessores ligados ao clã Bolsonaro. Tal posição ganhou ainda mais força após a viagem do senador Flávio Bolsonaro para Las Vegas e Miami, onde se reuniu com grandes representantes do setor.

A reunião foi vista como promissora pelo lutador de MMA Vitor Belfort, atual embaixador do turismo, que publicou o seguinte texto em uma das suas redes sociais:

“Que alegria poder saber que em nosso corpo diplomático tem pessoas tão incríveis, competentes e de mente aberta. Um grande prazer discutir o futuro do Brasil com nosso cônsul-geral em Miami, embaixador João Mendes Pereira. Estamos juntos trabalhando para um novo Brasil!”

Até mesmo o entrave dos dogmas religiosos também parece ser uma questão superada, já que o prefeito do Rio de Janeiro, uma das cidades que mais se beneficiariam com a regulamentação, Marcelo Crivella, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), já demonstrou apoio a volta dos jogos para o Brasil, e deve influenciar na decisão de boa parte da bancada evangélica do Congresso.

Com isso, podemos esperar a regulamentação dos jogos no Brasil para um futuro relativamente próximo, ela vai gerar uma série de oportunidades de emprego, atrair mais turistas e criar mais receita para a união.