Jornalista, que foi secretário de comunicação do governo Mário Ielo, é mais um nome na corrida à Prefeitura
por Flávio Fogueral
Os bastidores da política botucatuense começam a se tornar movimentados nos meses que antecedem as eleições deste ano. Mais um nome que possivelmente estará nos palanques e em campanha rumo à Prefeitura de Botucatu é o do jornalista Érick Facioli, que nesta semana colocou-se oficialmente à disposição do Partido dos Trabalhadores (PT) para encabeçar uma chapa majoritária.
A decisão, no entanto, será debatida entre os partidários nas próximas semanas. O PT de Botucatu ainda discute e se reorganiza após o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Mas algumas opiniões favoráveis ao nome de Facioli já se tornaram públicas, como a do vice-presidente do partido, Carlos Ramos que, em sua página no Facebook, disse que “respeitará a decisão do partido, mas brigará para ele ser o candidato”.
Facioli manifestava internamente a possibilidade de candidatar-se pelo partido. Até o início do ano, era um dos postulantes ao lado do vereador Carlos Trigo e do professor Nilton César Andrade, o Nenê; mas ambos trocaram o PT pelo PDT recentemente, junto com o ex-prefeito Mário Ielo, outro pré-candidato a prefeito. Há, ainda, o nome do ex-vice-prefeito Valdemar Pereira de Pinho, mas este coloca-se apenas como pré-candidato a vereador.
“Acredito que o partido precisa ter uma candidatura própria, não podemos ficar às margens do processo eleitoral. Nas últimas semanas tenho sido procurado por militantes e amigos, pessoas que admiro e respeito politicamente, que têm me incentivado a lançar a pré-candidatura”, frisou Facioli.
Contrário ao processo de impeachment de Dilma
Facioli se apresenta como sendo o único pré-candidato a prefeito de Botucatu que foi contrário à condução do processo de impeachment de Dilma, onde muitas vezes a opinião dos parlamentares era pautada pela corrupção e não pelo motivo alegado, o das práticas contábeis conhecidas como ‘pedaladas ficais’. “Procuro sempre ter opinião. Sou contra a corrupção e acredito que àqueles que, comprovadamente cometeram ilícitos devam ser punidos de acordo com a lei. E isso deve valer para todos, independentemente de posição política. Só não posso aceitar dois pesos e duas medidas”, disse.
Segundo ele, todo o turbilhão político dos últimos meses em âmbito nacional e que culminou com o afastamento temporário da presidenta Dilma Rousseff, é um dos pontos a ser encarado com seriedade pelo PT nas eleições municipais. “O tempo é o melhor remédio e as primeiras ações do governo Temer estão servindo para deixar as coisas claras. O PT, de fato, é o partido que defende os menos favorecidos e os excluídos. Logo, a maioria da população vai perceber isso”, opinou.
Ielo: adversário na campanha?
Com relação a ter o ex-prefeito Mário Ielo (de quem foi secretário de Comunicação e assessor de imprensa tanto na prefeitura quanto em outras campanhas), como adversário na corrida eleitoral, o petista salienta o respeito pelo pedetista, mas crê que este é um momento de seguir um caminho diferente. “Sobre o Ielo, só posso dizer que o admiro e o respeito. Fez um bom excelente governo em Botucatu. Porém, ele preferiu seguir outro caminho e eu respeito sua decisão”, complementa.
PT municipal e o governo Michel Temer
Caso a presidenta afastada Dilma Rousseff sofra o impeachment definitivo, Michel Temer cumprirá o mandato até 31 de dezembro de 2018. Com isso, mais da metade do mandato municipal estará cumprido. Em caso de eleição, Facioli reforça que os lados antangônicos atuais (PT X PMDB), não deverão se sobrepor a uma administração municipal.
O jornalista é enfático em analisar que um eventual governo municipal petista não deva ser prejudicado pelo governo Temer. Ele relembra, que a atual gestão, nas mãos do PSDB, foi recebida pelo governo Dilma e que houve investimentos significativos do Governo Federal no município. “Botucatu é uma cidade forte, que merece o respeito de qualquer governante de qualquer esfera. Prova disso, são os inúmeros investimentos feitos pelo governo Dilma/Lula em Botucatu”, finalizou Facioli.