Servidores e Estudantes da Unesp entram em greve

Manifestantes apoiam as mesmas causas e acreditam em apoio docente

Por Sérgio Viana

Após assembléia entre o Sindicato dos Trabalhadores da Unesp (Sintunesp) e os servidores dos câmpus de Botucautu (Rubião Junior e Fazenda Lageado), houve determinação de greve a partir de amanhã, quinta-feira (06). Estudantes também decidiram parar, após votação.

Segundo informações do sindicato, a reivindicações dos funcionários são apoiadas por estudantes (leia aqui)  e docentes. Trata-se de protesto contra o atual formato do Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Paulista (Pimesp); isonomia salarial de pisos e benefícios com os servidores da Universidade de São Paulo e Universidade de Campinas (USP e Unicamp); permanência estudantil no câmpus (construção de Restaurantes Universitários e Moradias, além de bolsas de estudo) e não perseguição aos movimentos sociais.

Estudantes dos câmpus de Assis, Marília, e Ourinhos, já estão em greve há quase 30 dias. Agora os funcionários de Botucatu se juntam a outras 9 unidades, como São Paulo, Bauru e São José dos Campos.

Mapa da Greve atualizado

Mapa da Greve atualizado

Segundo o coordenador político do Sintunesp, Alberto de Souza, a greve deve atingir todas os setores da Unesp de Botucatu, mas que o “trabalho essencial vai continuar normalmente, pois envolvem vida e saúde”.

Ele também afirmou que não há indícios dos professores aderirem a greve, mas estão de acordo com os pontos defendidos. Para amanhã, os estudantes estão tentando preparar uma assembléia para discussão com a categoria docente. Está agendada para sexta-feira (7) uma reunião entre o reitor e o movimento grevista. O Sintunesp ainda tenta arrumar transporte para que alguns servidores possar ir até a reitoria, em São Paulo.

Unesp responde algumas reivindicações através de notas, a seguir:

Sobre Restaurante Universitário e Moradia

No que diz respeito aos Restaurantes Universitários, a Unesp, de comum acordo com as prioridades de cada Câmpus, tem um cronograma de obras, no qual se inserem os restaurantes. Dentro do orçamento da instituição, esse programa vem sendo executado. Sobre moradias, essa demanda tem sido suprida com o oferecimento de ações como auxílio-aluguel, além de outros benefícios como subsídios alimentação.

Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp

São Paulo, 14 de maio de 2013

Sobre o Pimesp

O Conselho Universitário da Unesp, em reunião ordinária no dia 25 de abril, após receber manifestações das congregações das Unidades Universitárias, encaminhadas para uma comissão da Câmara Central de Graduação criada para discutir o Pimesp (Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista) proposto pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), deliberou ser favorável às metas de inclusão social do Programa. Elas estabelecem que ao menos 50% das matrículas em cada curso e em cada turno deverão ser ocupadas por alunos que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas. Dentro dessa meta, o percentual de negros, pardos e indígenas deverá ser, também no mínimo, 35%, valor verificado para a população do Estado de São Paulo no Censo Demográfico de 2010 realizado pelo IBGE. As metas deverão ser atendidas ao longo de três anos a partir de 2014.O Conselho Universitário solicitará ao Cruesp informações mais detalhadas sobre uma das estratégias propostas para atingir as metas: o Instituto Comunitário de Ensino Superior (ICES). Em parceria com a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), ele possibilitaria a oferta de cursos superiores sequenciais com duração de dois anos, que atenderiam 40% do total das metas étnico-sociais. Essas informações, segundo o Conselho, seriam importantes para fundamentar o processo de discussão do Pimesp que continua ocorrendo nas Congregações da Unesp. São Paulo, 25 de abril de 2013

Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp

 

 

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