Público foi menor que o esperado. Sindicalistas foram atendidos dentro da prefeitura
por Sérgio Viana
Em Botucatu, ao todo 5 sindicatos (Metalúrgicos, Comerciários, trabalhadores da Construção Civil, funcionários da Sabesp e da Prefeitura de Botucatu) convocaram uma passeata para integrar a mobilização nacional, que aconteceu por todo o país.
Às 17h30, trabalhadores de diferentes segmentos e empresas começaram a percorrer a rua Amando de Barros – principal corredor do comércio -, guiados pelos líderes sindicais que discursavam e coordenavam a manifestação.
A pauta de reivindicações dos trabalhadores contém pontos como: redução da jornada de trabalho para 40 horas (hoje são 44); o fim do fator previdenciário, que serve de cálculo para aposentadorias; reforma agrária; apoio a vinda de médicos estrangeiros; 10% do PIB para Educação; transporte público de qualidade; contra PL 4330, que regulamentaria mais possiblidades de terceirização da mão-de-obra.
Temas locais também foram abordados e colocados em pauta a um documento entregue ao prefeito João Cury (PSDB) – assista ao vídeo abaixo. Os principais foram o baixo reajuste salarial (2%) dos servidores públicos municipais, a diminuição do horário de funcionamento do comércio aos sábados e o fechamento do pedágio entre Botucatu e São Manuel.
Serafim Carlos de Arruda, secretário geral do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Botucatu, acredita que a categoria está “começando a se organizar” e a se fortalecer. Questionado sobre a falta de manifestações na época em que o reajuste abaixo da inflação era discutido, Serafim explica que há assédio moral no serviço público. “Muitos trabalhadores da Prefeitura não estão em suas funções, ou seja, respondem por uma atividade pela qual recebem mais, mas o cargo não é dele. E isso pode ser retirado a qualquer momento. Há muito medo de alguns em perder isso. Não se pensa que se ao invés disso, se houvesse um reajuste decente, seria melhor”.
Em 2012, a Prefeitura não reajustou os salários de seus servidores, mas apenas o valor do vale compra. O sindicalista alega que na Lei Orçamentaria de 2013 havia o comprometimento de reajuste acima da inflação (5,84%), mas que isso não foi cumprido. “Há meios jurídicos para protestar contra essa situação. Em breve entraremos na justiça”, completa.
Carlos Negrisoli, presidente do Sindicato dos Comerciários fez questão de defender a redução do horário de funcionamento do comércio aos sábados. “70% da mão-de-obra é feminina. Tem suas necessidades em casa, com a família, com seu próprio lazer. Cidades como Marília, Limeira, Piracicaba, já adotaram medidas que reduzem nossa jornada”, argumentou.
O prefeito declarou que está “em sintonia” com as demandas do movimento de trabalhadores, defendendo os mesmos pontos e garantindo atenção às demandas. Veja o que João Cury falou: