De Botucatu, mais de 500 jovens de todas as idades verão o Papa

Além dos mais novos, pais e até avós devem participar do evento que ocorre pela primeira vez no Brasil

por Sérgio Viana

Nesta semana, entre os dias 23 e 28 de julho, o Brasil receberá pela primeira vez a Jornada Mundial da Juventude (clique), no Rio de Janeiro. O evento serve para colocar milhares de católicos de diferentes culturas e nações em contato, a fim de que explorem e intensifiquem a fé na igreja romana. A expectativa é de que cerca de 2,5 milhões de pessoas compareçam ao evento, que custará R$ 118 milhões (clique) divididos entre município e Estado do Rio, além do Governo Federal.

Entre 500 e 600 jovens “de todas as idades” devem sair de Botucatu rumo ao Rio de Janeiro, com o objetivo de participar da jornada e, claro, ver o Papa. “Todas as paróquias da cidade estão enviando pelo menos uma pessoa. Tem gente indo de carro, ônibus, avião e até moto”, afirma a presidente do Setor da Juventude da Arquidiocese de Botucatu, Danielle Casonato, que não quis revelar sua idade.

No sábado (20), os peregrinos de Botucatu se concentraram no ginásio do Colégio Santa Marcelina e celebraram o Dia Mundial da Juventude. Entre as atividades houve uma missa pelo envio dos que irão à Jornada, atrações de música, teatro e dança, oferta de testes vocacionais com psicólogos e ensaio para o flash mob programado para ocorrer durante o evento.

Segundo Danielle, as inscrições para o evento podem ser feitas por pessoas a partir dos 14 anos, por isso, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) não atrai apenas os jovens, mas “muitos pais e avós”.

É o caso da estudante Mayara Diniz Vieira, de 17 anos, que mora em Rubião Junior. Ela ficou sabendo que a JMJ aconteceria no Rio de Janeiro, ainda em 2011, quando o então Papa, Bento XVI, fez o anuncio da próxima cidade sede. Dois anos depois, na casa de Mayara as malas já estão prontas para ela e o pai embarcarem ao Rio.

Mayara e o pai, Nelson, arrumam as malas com antecedência à Jornada - foto: Sérgio Viana

Mayara e o pai, Nelson, arrumam as malas com antecedência à Jornada – foto: Sérgio Viana

Questionada sobre qual os motivos para ir à JMJ, Mayara responde prontamente: “Conhecer o Papa. Quando mudou [de Bento XVI para Francisco] deu mais vontade ainda. É uma emoção muito grande ver uma pessoa que representa Pedro, Jesus, a nossa Igreja. Além de ser uma pessoa fantástica, muito humilde”.

Para ela, a possibilidade de trocar experiências com outros peregrinos do mundo todo também é importante. “A gente vai trocar lembranças. Ver como Deus chega nos outros países, como são suas catequeses e como eles [outros povos] vêm Jesus”, argumenta a jovem.

O pai, Nelson Vieira , de 49 anos, incentiva tanto a participação da filha em atividades católicas que inclusive a acompanhará na JMJ e antes dela já estava com suas malas fechadas. “Chama-se Jornada Mundial da Juventude, mas é um encontro católico. Todas as pessoas gostariam de estar lá. Eu, por ter espírito, jovem quero também”, ressalta Nelson.

Os dois devem ir de ônibus até Campinas e embarcar de avião para o Rio de Janeiro. Junto estará um grupo jovens e amigos de Mayara, que afirma não haver problema algum em “levar” o pai junto. “Meus amigos até o chamam de tio Nelson, gostam muito dele. Nunca tive problemas dele participar comigo”, completa.

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