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Cidade gastará 252 mil reais por mês com nova empresa contratada (clique no número do contrato para baixá-lo)
por Sérgio Viana
Desde 4 de julho, Botucatu está pagando R$ 119 mil a mais pela coleta de lixo feita no município. A quantia é quase 90% superior ao que era pago à Florestana Paisagismo, antiga empresa terceirizada para a coleta dos resíduos sólidos no município. O novo contrato (nº 411/13) foi feito com a Monte Azul Engenharia LTDA e prevê custos mensais de R$ 252 mil ante os R$ 132.749,54 (n° 009/13), que eram pagos anteriormente.
O contrato firmado com a Monte Azul, que tem sede em Araçatuba-SP, foi feito de maneira emergencial e dispensou a necessidade de licitação (concorrência) com outras empresas, sendo válido para 3 meses. Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura, o contrato pôde ser feito por tratar da coleta de resíduos, “serviço de utilidade pública que não pode ser interrompido”, e ainda que a Florestana foi quem decidiu não mais renovar contrato com a cidade.
A justificativa para o valor ter sofrido reajuste de cerca de 90% (quase R$ 120 mil de diferença) é de que, anteriormente, a Florestana Paisagismo disponibilizava apenas mão de obra para o serviço, conforme estabelecia o contrato (n° 472/07) firmado em janeiro de 2008, ainda sob a gestão do ex-prefeito Mario Ielo (PT). Até junho deste ano, o atual prefeito João Cury (PSDB) apenas prorrogou o contrato firmado pelo seu antecessor, reajustando aos poucos o valor pago.
Agora, a Monte Azul, além da mão de obra, fornecerá maquinário e combustível próprios. O que significaria que os caminhões de lixo pertencentes ao próprio município estariam sendo inutilizados.
A empresa Florestana foi procurada diversas vezes pela reportagem, mas o responsável pelos esclarecimentos nunca esteve à disposição.
Contrato deverá ser analisado
Ao ter ciência das informações sobre o novo contrato para a coleta de resíduos sólidos, a vereadora Rose Ielo (PT) disse que pedirá explicações do poder executivo e defende que não há motivos para uma contratação dessa forma.
“Realmente o contrato é grave. Primeiro porque foi feito sem licitação e depois porque a prefeitura pode fazer este serviço. Temos 5 caminhões de lixo e podemos fazer o gerenciamento da coleta”, argumenta a vereadora.