É importante definirmos as prioridades e estabelecer uma agenda prioritária participativa

Por Diogo Lopes

Imagem: Operários – Tarsila do Amaral

Botucatu está sofrendo de afasia, especificamente no que tange a planejamento, prioridades, metas e participação popular. A cobrança virou algo pouco nevrálgico em meio a munícipes, e se tens interesse em participar e realizar uma análise crítica, o príncipio da impessoalidade deve ser invocado.

Assista a esse vídeo com um desabafo do ex-vereador Bittar em 2012, comentando sobre a situação política atual.

http://www.youtube.com/watch?v=gB2Hn4LYra8

As ações políticas na cidade não são transversais e quase sempre atendem uma agenda política pro-forma.

Vemos que em muitas audiências públicas e ou votações de projetos de leis na Câmara Municipal, os meios de comunicação institucionais tratam os objetos em debate da mesma forma, apenas divulgando sua agenda.

Se não acessarmos o portal da Prefeitura, da Câmara, ou se não estamos na lista de e-mails do assessor de imprensa, corremos o risco de perder a agenda política da cidade, do assunto mais prioritário ao menos.

Por isso é importante definirmos as prioridades e estabelecer uma agenda prioritária participativa.

Com relação a instrumentos políticos de participação, não lembro de ter visto uma ampla campanha, como a de doação de roupas no inverno, por exemplo, para chamar a população para debatermos as prioridades, demandas e ou metas da cidade. Podemos elencar os instrumentos padrões para tal mister, como o orçamento participativo?

Agenda de eventos, reuniões, metas e prioridades desses importantes conselhos participativos ficam onde? E a educação da população sobre como integrar essa agenda?

Sentimos falta de conferências municipais transversais e horizontais, sobre temas específicos como meio ambiente e sociedade, e globais como foi a Conferência das Cidades, que Botucatu sediou, mas esqueceu de instruior permanentemebte os municípes, além dos que incitam o debate transdisciplinar.

A questão é, quando vamos ter um conselho de cidades, que irá integrar todos os conselhos municipais e munícipes?.

Esse conselho irá promover uma conferência global para revisarmos o Plano Diretor Participativo e iniciar uma força tarefa para cumprir o que já é lei?

Essa e outras questões podem e devem ser respondidas, mas além disso, que sejam tratadas com ciência. Ciência de que  os formatos de comunicação atuais são diferentes. Necessitam de facilitadores de grupos, mediadores de conflitos e pacificadores, além de redatores e facilitadores gŕaficos bem como design sociais.

O que esta em pauta é o desafio de engajar também a juventude no debate político. Muitos conselhos estão sempre com os mesmos representantes e muitos voluntários precisam de apoio nessas funções citada acima. Esse papel de reunir esses talentos junto a população é do executivo!

Ele tem uma pasta chamada “Secretária de Comunicação” que divulga agenda e ações políticas, e já elabora campanhas, pode incluir chamadas para os profissionais de comunicação social, integrando a equipe profissionais de formação de redes e projetos.

Agora, novamente, o que é prioritário para se realizar nesta pasta? Promover o governo ou ser um meio de melhorar a vida das pessoas?

Gostaríamos como municípes acompanhar indicadores de resultados, integrados a uma gestão de projetos prioritários com seus impactos classificados por categorias além de conectá-los a campanhas de educação para a participação, estimulando a continuidade dos projetos pela população, gerando oportunidades sociais.

Vou citar um breve exemplo: a apresentação de um Plano Viário, o de Botucatu, é claro que tal evento, dentro da agenda padrão, foi divulgado, porém, ele precisa ter uma divulgação além de instrucional, com tempo para alinhar os conceitos, para isso um sistema informativo que seja educativo e até mesmo informal se faz necessário, já que os meios tradicionais não atingem a todos os cidadãos.

O Plano Viário é integrante do Plano Diretor Integrado Participativo, porém, poucos munícipes sabem o que isso significa.

Quando o executivo apresenta o Plano Viário isoladamente, sem debater, educar, ele deixa de expor à população, talvez não intencionalmente, porém os impactos de um plano elaborado por uma equipe não expande a educação e não transmite a informação.

Os meios como outdoors, rádio, jornais, TV além de debates e conferências devem ter um planejamento adequado e um orçamento equilibrado.

As assessorias de imprensa da Prefeitura e Câmara Municipal devem inovar, criando debates informais, no sentido de não contentar-se com audiências públicas apenas.

É preciso buscar o comprometimento do cidadão e o engajamento do executivo no que tange a priorização de metas e seus impactos. A evolução social da cidade depende da participação de cada cidadão na vida política do município. É possível procurar temas específicos como, meio ambiente, cultura, segurança, planejamento, obras, finanças, assistência e orçamento participativo.

Tente fazer parte da agenda política da cidade. E você gestor, representante, provoque a participação e eventos para fomentar a “desalienação”, participando você formará a sua própria opinião.

Referência: Métodos de Elaboração e Monitoramento de Projetos Públiccos

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