Tabagismo deve matar 1 bilhão de pessoas neste século

Sistema respiratório e cardiovascular são os mais afetados pelo hábito de fumar

da Assessoria de Imprensa Unesp

Apesar das rigorosas campanhas contra o fumo em muitos países, estima-se que 1,25 bilhões de adultos sejam tabagistas e a projeção é de uma nova epidemia que pode levar a 1 bilhão de mortes tabaco-relacionadas durante o século 21. É o que aponta a pesquisa ‘Efeito agudo do fumo na variabilidade da frequência cardíaca e da sua cessação no transporte mucociliar’, de Juliana Tiyaki Ito, que será apresentada na Unesp de Presidente Prudente dia 25 de janeiro.

Os danos causados pelo tabagismo afetam principalmente o sistema respiratório, entretanto, também é considerado um importante fator de risco para doenças cardiovasculares. Sabe-se que a intensidade do fumo e sua cronicidade contribuem para um agravamento dos prejuízos causados pelo tabagismo, e que a cessação do tabagismo torna-se um marco crucial para evitar tais progressões assim como para reduzir a morbimortalidade por doenças tabaco-relacionadas.

A dissertação teve como objetivos: avaliar o efeito da exposição aguda ao fumo na modulação autonômica de tabagistas adultos e investigar a influência da condição tabagística e da idade nesta resposta, além de avaliar o efeito da cessação tabagística no transporte mucociliar e na frequência de exacerbações em tabagistas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Para o primeiro objetivo, avaliou-se a variabilidade da frequência cardíaca de tabagistas adultos, participantes do Programa de Cessação do Tabagismo da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Unesp de Presidente Prudente, nos momentos de fumo e de recuperação desta exposição (30 minutos após o fumo).

E para o segundo objetivo, avaliou-se o transporte mucociliar (TMC) de DPOC tabagistas e DPOC ex-tabagistas, assim como tabagistas e não tabagistas sem a doença.

Concluiu-se que tabagistas adultos recuperaram parcialmente sua modulação autonômica 30 minutos após exposição ao fumo, porém, não houve correlação dos índices de variabilidade da frequência cardíaca com a condição tabagística e a idade. Em relação à cessação do fumo, houve melhora do TMC e redução da frequência de exacerbações, mesmo em tabagistas com doença pulmonar obstrutiva crônica.

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