Cantora deu voz a canções contra a Ditadura Militar brasileira
Há 32 anos, na manhã de 19 de janeiro de 1982, morria a cantora Elis Regina. Considerada uma das maiores cantoras brasileiras, Elis vendeu mais de 4 milhões de discos em seus 18 anos de carreira. Aos 36 anos, ela foi encontrada morta no quarto de seu apartamento, vítima de uma overdose de cocaína e álcool.
Nascida em 17 de março de 1945 em Porto Alegre, Elis Regina Carvalho Costa começou a cantar aos 11 anos, em programas de rádio. Lançou quatro discos, entre 1961 e 1963. O sucesso veio quando deixou o Rio Grande do Sul, em 1964 e, logo no ano seguinte, venceu o primeiro Festival de Música Popular Brasileira, interpretando “Arrastão”, de Edu Lobo e Vinicius de Moraes.
Até o final dos anos 1960, participou de mais cinco festivais. Em 1967, ganhou o prêmio de melhor intérprete, com “O Cantador”. Em 1968, venceu a primeira Bienal do Samba, com “Lapinha”. Posteriormente, engajada politicamente, deu voz a músicas que se tornaram símbolos da luta contra o regime militar. Elis não parou mais.
Por causa da vibração em palco, o poeta Vinícius de Morais apelidou Elis de “Pimentinha”. Outro apelido da cantora era “Baixinha”, justificado por sua altura, 1 metro e 54 centímetros. Elis também foi chamada de “Hélice Regina” devido sua forma de dançar girando os braços.