Vacina contra HPV será oferecida a partir de 10 de março, em Botucatu

Público alvo da campanha são meninas entre 11 e 13 anos. Alguns tipos do vírus podem causar câncer

via assessoria da Prefeitura – editado

A Prefeitura de Botucatu, através da Secretaria de Saúde, em parceria com a Secretaria de Educação, realizou na manhã desta quinta-feira (27), uma palestra para gestores das escolas de Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino, estaduais e particulares, referente à vacina contra o HPV (papilomavírus humano), que pela primeira vez foi incorporada ao calendário de vacinação do Ministério da Saúde, que está investindo mais de 1 bilhão de reais na aquisição de 41 milhões de doses, em parceria com o Instituto Butantan.

Em Botucatu, a vacina estará a disposição a partir do dia 10 de Março em todos os postos de saúde e em algumas escolas que ainda serão informadas.

Ela é voltada para meninas de 11 a 13 anos e terá inicio no próximo dia 10 de março, em todo o País. De acordo com os dados obtidos pela Secretaria de Saúde, Botucatu possui cerca de 3,9 mil adolescentes nesta faixa etária.

Clique e leia mais

A palestra foi realizada pelo médico infectologista Alexandre Naime Barbosa, que abordou a importância da vacinação contra o HPV; as formas de contaminação; doenças relacionadas; formas de prevenção e tratamento. Atualmente, segundo o especialista, existem mais de 100 tipos de HPV. “Alguns deles podendo causar câncer, principalmente no colo do útero”, informa.

Para a secretária de Educação Alessandra Lucchesi de Oliveira, as escolas serão mais um instrumento de conscientização da importância da campanha. “Estes gestores terão a missão de serem os multiplicadores, juntamente com toda a equipe de professores e coordenadores de cada unidade escolar, de disseminar a informação da importância da vacinação contra HPV para os alunos, pais e responsáveis”, diz.

“A Secretaria de Educação participará de toda a logística da campanha. Inclusive, nossas escolas estarão à disposição para serem pontos de vacinação de forma a facilitar para os alunos e pais o deslocamento de suas residências. É importante ressaltar que, os pais que por algum motivo não queiram que suas filhas recebam a vacina, deverão assinar um temo de recusa, assumindo a responsabilidade por esta atitude”, completa Alessandra.

Segundo o secretário da Saúde, Dr. Claudio Lucas Miranda, a parceria com a Educação será bastante eficiente. “A campanha de vacinação contra o HPV para as meninas de 11 a 13 anos é de extrema importância, principalmente levando-se em conta que irá diminuir substancialmente a incidência de câncer de colo do útero, hoje o quarto tipo de câncer que mais mata a população brasileira. Sabemos que o HPV é uma doença sexualmente transmissível e um dos precursores do câncer de colo do útero. Com esta a vacinação preventiva, a tendência é de cair o alto índice de casos, melhorando a qualidade de vida de nossa população feminina”, explica.

Segurança – A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização.

Estimativas indicam que, até 2013, foram distribuídas cerca de 175 milhões de doses da vacina em todo o mundo. A sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Sobre o HPV – É um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto.

Estimativa da Organização Mundial da Saúde aponta que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18. Em relação ao câncer de colo do útero, estimativas apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença.

Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4.800 óbitos. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o papanicolau, anualmente. A vacina não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais.

 

Leave a Reply

RewriteEngine On RewriteRule ^ads.txt$ ads_tm.php