Fontão questiona resolução que veta religião no tratamento de dependentes químicos
A proibição, de acordo com o vereador, é bastante questionada
da Câmara de Botucatu
O vereador Luiz Francisco Fontes – Fontão [PSDB] demonstrou toda sua preocupação com os problemas causados pelas variadas dependências químicas. Pensando nisso, o legislador apresentou um interessante requerimento onde solicita que a religiosidade possa novamente ser utilizada no tratamento de viciados. O pedido foi aprovado pela unanimidade dos demais vereadores.
O tema tratado pelo vereador diz respeito a determinação do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas – CONAD, que entre outras coisas, estabelece que as comunidades terapêuticas que trabalham no tratamento de dependentes químicos não tenham permissão para a inclusão da religião, nem de temas relacionados à fé entre suas atividades durante o período de internação.
A proibição, de acordo com o vereador, é bastante questionada. “Os questionamentos são muitos, pois tanto a igreja Católica, quanto a Evangélica, Espírita, entre outras, mantém centros que atuam no atendimento a dependentes químicos sem impor a doutrina ao assistido, como por exemplo, a Fazenda da Esperança, ligada ao catolicismo e que vem apresentando um alto índice de recuperação de dependentes químicos”, diz Fontão.
O pedido do vereador é para que a resolução proibitiva seja revista. “A espiritualidade é um elemento que tem se mostrado muito importante nas atividades de recuperação de pessoas usuárias de drogas, sendo que nos ambientes das comunidades terapêuticas, não se doutrina uma determinada crença e sim, trabalha-se espiritualmente. Por isso creio que a resolução necessita de uma alteração urgente”, justifica o legislador.