Em greve, coletores de lixo reivindicam reajuste salarial

A reivindicação principal é reajuste salarial, pagamento de hora extra e melhores condições de trabalho

da Redação

Trabalhadores contratados para o trabalho de limpeza urbana, varrição e capinação das ruas de Botucatu estão desde segunda-feira, 16 de março, em greve. A reivindicação principal é reajuste salarial, pagamento de hora extra e melhores condições de trabalho da categoria com o fornecimento de equipamentos de segurança.

De acordo com a convenção coletiva do Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (Selur), o salário estabelecido (desde março de 2014) para coletores/bueristas é de R$ 874,83 mais insalubridade mensal de R$ 289,60. Os trabalhadores ainda têm direito a tíquete-refeição de R$ 238,70 e vale alimentação de R$ 119,35.

Já os trabalhadores com a função de varredor, servente de Usina de Tratamento de Lixo e transbordo municipal têm salário de R$ 843,37 e adicional de insalubridade mensal de R$ 144,80. O tíquete-refeição mensal é de R$ 238,70 e vale alimentação de R$ 119,35.

A convenção coletiva da categoria para a região de Botucatu pode ser conferida aqui.

Em entrevista ao programa Na Tela, da TV Alpha, a advogada dos trabalhadores, Ana Cândida, disse que a paralisação se deve ao não cumprimento dos direitos previstos. “No dia 6 de março a empresa (Monte Azul) compareceu ao Sindicato e se comprometeu hoje (16 de março) apresentar o cumprimento de obrigações junto aos trabalhadores e que estavam pendentes. Mas a mesma não compareceu ou mesmo deu satisfação. Esses direitos visam a guarda da saúde do trabalhador com o fornecimento de uniformes adequados como roupas, calçados e protetor solar que não são fornecidos”, disse.

A Prefeitura de Botucatu notificou extrajudicialmente as empresas Monte Azul Engenharia e Revita Engenharia S/A, integrantes do Consórcio Botucatu Ambiental. Segundo o Poder Público, as duas empresas foram notificadas para que os trabalhos de coleta sejam retomados ainda nesta terça-feira, 17 de março.  Caso esta ordem não seja obedecida, a empresa poderá ser multada  ou mesmo ter seu contrato reincidido, informa nota postada no site oficial da Prefeitura.

“A limpeza pública é um serviço essencial de interesse coletivo, e que não pode ser interrompido da maneira que foi, sem ao menos 30% do efetivo de trabalhadores continuarem a fazer a coleta de lixo de forma emergencial. Infelizmente quem sofre com este tipo de atitude é a população. Mas ela pode ter a certeza que a Prefeitura já está tomando todas as medidas para que tudo seja normalizado o quanto antes”, afirma o secretário municipal de Obras, André Peres.

Em seu site oficial a Monte Azul Engenharia divulgou nota oficial onde salienta providenciar “- além das medidas judiciais cabíveis para a decretação da abusividade da greve e o imediato retorno ao trabalho dos funcionários – a contratação de trabalhadores substitutos para assegurar minimamente a execução.”

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