Educação Sem Escola

Algo proibido por aqui, porque pais ou responsáveis são obrigados por lei a garantir que seus filhos entre 4 e 17 anos frequentem uma escola

por Oscar D’Ambrosio* – Unesp

Educação é um tema essencial. Quem concorda com essa frase precisa assistir ao filme ‘Capitão Fantástico’. Nele, Ben e seus seis filhos vivem uma prática cotidiana de exercícios físicos e atividades intelectuais distantes da escola tradicional. A morte da mãe, porém, os leva a retornarem para a chamada civilização e os conflitos são inevitáveis.

No Brasil, onde se discute a Escola Sem Partido, movimento que alega defender a ‘educação sem doutrinação’, o filme traz ao debate a Educação Sem Escola, algo proibido por aqui, porque pais ou responsáveis são obrigados por lei a garantir que seus filhos entre 4 e 17 anos frequentem uma escola, pública ou privada.

Mas há alternativas consagradas no exterior. A mais conhecida é a homeschooling, ensino doméstico, gerido e validado pos alguns Estados dos EUA em que a criança precisa comprovar periodicamente os conhecimentos adquiridos. Os defensores da ideia lembram que a célebre antropóloga Margaret Mead, por exemplo, estudou em casa.

O filme aponta vantagens e desvantagens desse tipo de educação e mostra uma variável fundamental: como ela é feita. Há ainda experiências de modelos mistos, entre o tradicional e o domiciliar, a discutir. Se parte dessas variantes for colocada em pauta, assistir ao filme já terá valido a pena.

*Oscar D’Ambrosio é Doutor em Educação, Arte e História da Cultura, Mestre em Artes Visuais e Assessor de Comunicação e Imprensa da Unesp

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