Unesp demite professora acusada de participar de atos golpistas em Brasília

A decisão foi publicada na edição deste sábado, 29 de abril, do Diário Oficial do Estado

Da Redação

A professora vinculada ao Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu acusada de organizar excursão para Brasília nos atos golpistas de 8 de janeiro foi exonerada da universidade.

A decisão foi publicada na edição deste sábado, 29 de abril, do Diário Oficial do Estado. Sandra de Moraes Gimenes Bosco era vinculada ao Departamento de Ciências Química e Biológicas do Instituto de Biociências da Unesp.

A docente era apontada como uma das organizadoras da excursão que levou apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro a Brasília em 8 de janeiro. O nome e telefone da professora aparecia em artes da viagem compartilhadas em redes sociais bolsonaristas na região.

A agora ex-professora da Unesp foi presa pela Polícia Federal no dia 9 de janeiro junto com outros 44 bolsonaristas,  em um ônibus já no Estado de São Paulo, enquanto retornavam de Brasília.

Após o ato o Instituto de Biociências instaurou ato administrativo e a afastou das atividades de docência. O processo correu nas instâncias superiores da Unesp, culimando com a exoneração publicada neste sábado.

Sandra Bosco, desde 2010, atuava como professora junto ao Departamento de Microbiologia e Imunologia, da Unesp Botucatu, ministrando aulas para os cursos de medicina veterinária, zootecnia, biomedicina, medicina, enfermagem, nutrição e ciências biológicas, na graduação, além de pós-graduação de biologia geral e aplicada e medicina veterinária.

Em nota oficial, a Unesp reforça que a professora cometeu “infração disciplinar de natureza gravíssima” e que o processo instaurado que culminou com a demissão “respeitou o princípio constitucional da ampla defesa”.

Confira a nota oficial da Unesp

Em relação à pena de demissão aplicada à professora Sandra de Moraes Gimenes Bosco, do Instituto de Biociências do câmpus de Botucatu, foi caracterizada infração disciplinar de natureza gravíssima, após criteriosa apuração ocorrida no âmbito do Processo Administrativo Disciplinar, instaurado pela unidade universitária em decorrência da participação da docente nos atos de 8 de janeiro de 2023. O referido processo, iniciado em 10 de janeiro, respeitou o princípio constitucional da ampla defesa, o que foi atestado pela Assessoria Jurídica da Universidade, e propôs ao reitor a demissão da servidora após a constatação da violação de deveres funcionais previstos no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado. A servidora tem direito a recorrer da decisão no Conselho Universitário.

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