Funcionários da Embraer de Botucatu devem entrar em greve

Sindicato dos metalúrgicos reivindica aumento real de 5% no salário

Da Redação

Após diversas negociações sem sucesso entre o Sindicato dos Metalúrgicos e a Embraer sobre reivindicações salariais foi anunciado, na manhã desta quinta-feira (31) estado de greve para os colaboradores da empresa.

Diversas negociações entre o sindicato e a companhia ocorreram nos últimos dias, inclusive com a solicitação de conciliação jurídica no tribunal especializado em Campinas, mas a empresa permanece intransigente nesse quesito.

O sindicato reivindica aumento real de 5% no salário, R$ 600 no vale alimentação e um abono de R$ 3.000. Enquanto isso, a empresa devolveu com uma proposta de 1,3% de aumento salarial, R$400 no vale alimentação e a ausência de abono.

Com isso, o sindicato levou essa proposta para votação dos trabalhadores e, pela primeira vez, os colaboradores recusaram a oferta, com total de 72% dos votos contrários. Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos organizam as ações que acontecerão dentro da empresa referente a esse tema.

Posicionamento da Embraer

Por meio de nota oficial, a empresa aeronáutica afirma que “concedeu por liberalidade no mês de setembro um reajuste salarial de 5% e aumento de 14,2% no vale alimentação para colaboradores com salários de até R$ 10 mil, conforme proposta referente à data-base 2024 da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) apresentada aos Sindicato dos Metalúrgicos de Araraquara, Botucatu e São José dos Campos. Colaboradores com salários acima deste valor receberam um reajuste fixo de R$ 500”.

A Embraer ressalta, ainda, que  “esta proposta salarial já aplicada equivale a um aumento de 34,7% acima da inflação do período que foi de 3,71%. Mesmo com a antecipação da Embraer, a FIESP continuará conduzindo as negociações com os sindicatos normalmente”.
*Matéria alterada dia 31 de outubro de 2024, às 17h49, para inclusão de posicionamento da Embraer.
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