Trio que furtou entidade assistencial é preso em Pardinho

Trio é acusado de integrar um grupo especializado em fraudes bancárias

Da Redação

Operação desencadeada pela Polícia Civil do Mato Grosso do Sul resultou na prisão de um três pessoas acusadas de desviar mais de R$ 60 mil de uma associação que atende crianças e adolescentes com deficiência intelectual em Campo Grande.

Ação ocorreu na segunda-feira, 5 de maio, em um condomínio de alto padrão em Pardinho. O trio é acusado de integrar um grupo especializado em fraudes bancárias com histórico de mais de 20 anos; criminosos ostentavam vida de luxo no interior de São Paulo

Durante dois meses de investigação, as autoridades reuniram mais de 300 páginas de inquérito que revelaram o alto padrão de vida dos líderes do esquema.

Eles mantinham seis mansões no condomínio Ninho Verde 2, localizado em Pardinho. As casas, segundo o delegado Pedro Henrique Cunha, responsável pelas investigações, são avaliadas entre R$ 500 mil e R$ 1,6 milhão e ficam em um loteamento fechado com estrutura de resort e clubes exclusivos.

Além do golpe contra a entidade sul-mato-grossense- única vítima identificada até o momento-, o grupo tem histórico criminoso de mais de duas décadas. Apenas nos últimos cinco anos, movimentaram mais de R$ 30 milhões em transações suspeitas, conforme apontam as investigações.

O furto foi realizado por meio de um golpe cibernético: os criminosos acessaram a conta da Associação Juliano Varela usando dispositivos eletrônicos e técnicas avançadas de informática. O valor desviado havia sido repassado à associação via Fundo Municipal de Saúde.

Na operação, a Polícia Civil cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão temporária em cidades do estado de São Paulo. Três suspeitos foram presos em Botucatu, Diadema e São Paulo. Os outros alvos continuam sendo monitorados pelas autoridades.

Durante as buscas, foram apreendidos celulares, notebooks, computadores e cartões de memória que, segundo os investigadores, são compatíveis com os usados em crimes cibernéticos. O material passará por perícia para aprofundar a apuração sobre a atuação da quadrilha.

A Polícia Civil não descarta novas prisões nos próximos dias e investiga a participação do grupo em outros crimes semelhantes em diversos estados do país.

Com informações do site O Estado Online