Metade do telhado está destruído. Mato e iluminação precária complicam a situação de quem usa o abrigo
texto e fotos: Flávio Fogueral
Populares que usam o ponto de ônibus interurbano instalado no quilômetro 246 da Rodovia Marechal Rondon, próximo ao acesso ao Parque dos Pinheiros, enfrentam, além dos variados e demorados horários para o coletivo, a deterioração do local destinado para a espera.
Metade da cobertura foi destruída, o que obriga parte dos usuários a esperar o ônibus sob os efeitos do clima. A situação piora em épocas de chuva, já que o espaço de proteção é menor. O mato no entorno também se torna fator de preocupação e a iluminação noturna é escassa, dependendo dos postes existentes na via de acesso ao Parque dos Pinheiros.
Na segunda-feira, 13 de janeiro, quem esperava por um ônibus interurbano tinha de enfrentar a forte chuva que caiu durante boa parte do dia. Uma mulher, que aguardava o coletivo para ir a Pardinho, tentava proteger parte da roupa e a bolsa da chuva. Já o cabelo tinha desistido de manter seco, conforme brincou.
Há quinze anos, o aposentado Benedito Pereira de Souza, 71, usa o abrigo para esperar o ônibus para se deslocar ao Distrito de Anhumas, onde reside. Faz essa rotina ao menos uma vez por semana. Reclama que o abrigo está danificado há meses. “Preciso ir ao supermercado, ao banco aqui em Botucatu e por muitas vezes tenho que esperar o ônibus aqui. O telhado está quebrado há algum tempo e complica para a gente quando chove e o Sol fica muito forte”, relata.
A Rodovias do Tietê, concessionária que administra a Marechal Rondon, fez melhorias no trecho onde o ponto está instalado. Colocou placa indicativa da parada de ônibus e instalou uma call box (telefone de emergência) nas proximidades. A empresa, no entanto, ressalta que a responsabilidade pela conservação do ponto de ônibus é da Prefeitura e que os reparos podem ser feitos mediante aviso prévio.
O secretário de mobilidade urbana, Vicente Ferraudo informou que a situação deve ser analisada e manutenção no local deve ocorrer nas próximas semanas. Deve ser feita a troca da cobertura e possível pintura dos bancos. “Vamos notificar a concessionária (Rodovias do Tietê), pois o ponto está em uma faixa de domínio, que pertence à empresa. Constatada a situação de necessidade de reparo, a troca do telhado será colocada como uma das prioridades”, diz.
Ferraudo não descarta, ainda, a troca total do ponto por um abrigo de concreto, nos moldes de diversos existentes na área urbana. “Há a possibilidade de substituir o abrigo. Mas isso depende de um cronograma para fazer a manutenção e a compra de um novo abrigo”, finalizou o secretário de mobilidade.