Botucatu tem saldo negativo no emprego no primeiro mês após Reforma Trabalhista

Saldo é decorrente de 985 admissões contra 1006 demissões

por Flávio Fogueral

No primeiro mês após a instituição da Reforma Trabalhista, Botucatu seguiu com a tendência nacional e registrou mais demissões do que contratações. O balanço foi divulgado na quarta-feira, 27, por meio do Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

Em vigor desde 11 de novembro, as novas leis que regem o trabalho no país estabelecem critérios como a terceirização de toda atividade fim, além de flexibilização de jornada, entre outros pontos existentes anteriormente na CLT- Consolidação das Leis do Trabalho.

Com as novas regras em vigor, foram encerrados 21 postos de trabalho no município, decorrente do saldo de 985 admissões contra 1006 demissões. Com isso, o município registra 35.813 empregos formais nas 7227 empresas pesquisadas pelo Caged.

Mesmo com o resultado negativo em novembro, Botucatu sente a recuperação econômica com saldo positivo de 1682 novos postos de trabalho no ano, com 14.113 contratações ante 12.431 demissões.

Na preparação para as vendas de Natal, o comércio varejista foi o setor que mais empregou em novembro, com 116 admissões. Na sequência, as funções de faxineiro (44), auxiliar de escritório (43), porteiro de edifícios (39), operador de caixa (34) e atendente de lanchonete (27) foram as ocupações que mais contrataram no município.

Com 121 desligamentos, a função de Trabalhador no Cultivo de Árvores Frutíferas puxou a estatística negativa no mês. A indústria local também refletiu no desempenho, com 19 demissões na função de armazenista; sendo que a construção civil teve dez vagas de trabalho extintas em Botucatu.

Região fechou 178 vagas formais

Na região analisada pelo Ministério do Trabalho, que compreende os municípios de Anhembi, Bofete, Conchas, Botucatu, Pardinho, Pratânia e São Manuel; o saldo foi negativo quanto a geração de emprego em novembro. Foram 1.299 admissões diante de 1.477 desligamentos (encerramento de 178 postos), em 12.657 empresas. São 53.329 pessoas trabalhando com carteira assinada.