Estudantes da Unesp fazem manifestação em frente à Prefeitura

Manifestantes insistiram diversas vezes em dizer que movimento é apartidário

Por Sérgio Viana

Os estudantes da Universidade Estadual Paulista (Unesp) do câmpus de Botucatu, em greve desde 4 de junho, se mobilizaram e fizeram uma grande manifestação na tarde desta quarta-feira, 12, em frente ao prédio da Prefeitura de Botucatu. O movimento entre estudantes e servidores da universidade, que também estão paralisados, reuniram algumas centenas de pessoas, que tomaram parte da Avenida Santana.

“A gente escolheu [protestar] em frente à prefeitura pela questão do transporte. A questão é do descaso da prefeitura com o transporte público, aqui nós queremos negociar esse ponto”, explicou Kasys Meira, representante do centro acadêmico do curso de Medicina. O estudante afirma que houve tentativas anteriores de conversa com a atual gestão, mas as repostas às propostas de negociação sempre foram “muito evasivas”.

Os pontos em relação ao transporte público é a implantação de mais linhas, horários e tarifas mais baratas, ou a manutenção do atual valor (R$ 2,65). “O preço é muito caro. Não é justificado pela qualidade do transporte”, frisa Kasys.

Durante a manifestação, representantes dos universitários foram chamados para dentro do prédio e uma reunião com o prefeito João Cury foi agendada para amanhã (12), às 16 horas. A organização do movimento estudantil afirma que uma nova manifestação deve ocorrer da mesma forma nesta quinta-feira. A assessoria de comunicação da prefeitura preferiu aguardar o desfecho da reunião agendada para comentar sobre o assunto.

Ao todo, 14 câmpus da Unesp estão em greve de estudantes e/ou funcionários em todo o estado de São Paulo.

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Estudantes paralisam por um dia

Apoio mutuo entre estudantes e funcionários

Os servidores da Unesp também estiveram presentes, em menor número, mas com cartazes e gritos de protestos. Diversas vezes os estudantes e funcionários tomaram a palavra para declarar apoio entre si e, inclusive, aos servidores municipais, que reivindicam através de seu sindicato um aumento maior do que os 2% propostos pelo poder executivo.

Segundo a coordenadora de Saúde do Sindicato dos Trabalhadores da Unesp (Sintunesp), Rosana Bicudo Silva, a cooperação entre funcionários e alunos está sendo feita através de atividades de conscientização de quem não entende os motivos da greve e assembleias que discutem o tema.

Rosana comenta que as atividades de todas as unidades da Unesp de Botucatu estão com funcionários paralisados, no entanto, no caso do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) é diferente. “Hoje a maioria dos que trabalham no HC pertencem à Famesp ou à Secretaria da Sáude. A passagem desses servidores, que antes eram da Unesp, para as novas instituições ainda é muito confusa e, por isso, eles não aderiram à greve”, explica.

A principal bandeira dos servidores é a luta pela equiparação salarial entre servidores das três universidades estaduais paulistas (Unesp, USP e Unicamp). Funcionários da Unesp, que desempenham as mesmas funções de servidores das outras universidades teriam salários mais baixos – diferença entre 700, ou até 1000 reais.

“Como o reitor [Julio Cezar Durigan] está viajando, uma reunião entre ele e os servidores foi marcada apenas para o dia 4 de julho. É importante que o servidor que se diz desinformado saiba disso”, completou Bicudo.

Unesp se manifesta por meio de notas (clique para ler).

 

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