Boeing deve desistir de compra da Embraer
Embraer é uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo
Por Flávio Fogueral
A norte-americana Boeing deve desistir da negociação de fusão com a brasileira Embraer. Atuais incertezas no âmbito político e a pandemia de covid-19 são os fatores cruciais neste recuo da empresa, conforme publicou a Revista Veja nesta sexta-feira, 24 de abril.
Segundo reportagem, a norte-americana sentia-se reticente em finalizar o negócio de US$ 4,2 bilhões na compra que envolveria a fusão de ambas empresas, criando uma joint-venture. Aprovada pelo governo brasileiro, bem como por diversos órgãos regulatórios como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade, a concretização tinha neste 24 de abril como sua data-limite. Caso o acordo seja quebrado, a norte-americana terá que pagar multa que varia entre 75 milhões e 100 milhões de dólares.
Além da situação em âmbito internacional, a Boeing também enfrenta problemas internos, como o passivo oriundo do modelo 737 MAX que, após alguns acidentes fatais, teve uma série de cancelamentos de pedidos. No caixa da empresa, US$ 25 bilhões valor que, para alguns especialistas, seria insuficiente para evitar uma solvência da empresa. Tanto que foi solicitado auxílio ao governo norte-americano de US$ 60 bilhões.
Pelo negócio, a Boeing adquiriria 80% do negócio de aviação comercial da Embraer, que consiste na produção de aeronaves regionais e comerciais de grande porte. Já na outra vertente teria a criação de uma joint venture, que seria destinada para a produção do avião militar KC-390, onde a brasileira teria 51% do negócio e a norte-americana, 49%.
Procurada, a Embraer não se manifestou até o momento.
*A matéria completa pode ser acessada aqui.