Em 2 anos, Samu realiza mais de 80 mil atendimentos

via assessoria da Prefeitura

Em um carrinho ao lado da cama dos pais dormia Guilherme, com apenas 12 dias de vida. Na madrugada de 29 de abril de 2012 eles acordam com filho engasgado e dificuldades de respirar. No susto, não sabiam o que fazer. Nem o telefone dos Bombeiros lembraram na hora. Decidiram sair de carro à procura do hospital. “Chegando na Avenida Santana, anjos nos sussurraram: O Samu está perto!”, relata o pai Adriano Carneiro da Silva.

Quando chegaram ao prédio onde funciona o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, Guilherme não mais tossia, não mais respirava. Começou a ficar roxo. “Daí o corredor que tinha três metros parecia ter 50. Entreguei o bebê na mão de nem me lembro quem, um anjo. Não sei o que aconteceu. Só sei que hoje ele está aí. Só queria agradecer a Deus por povoar este planeta de anjos. Se alguém ainda tem dúvida que Deus existe, eles estão aqui para provar. Acho que o telefone para o céu é a fé de cada um. E cada um sabe o número para falar com Deus. E se a gente quiser o apoio de Deus aqui na Terra o telefone é 192”, completa Adriano, que todo ano comemora o aniversário do filho junto com os profissionais do Samu.

Esta é apenas uma de tantas histórias das quais o Samu foi o personagem principal em Botucatu. O serviço funciona desde julho de 2011 e já atendeu mais de 80 mil pessoas do Município e outras três cidades de abrangência: Areiópolis, Pardinho e Anhembi. Em mais de 15 mil casos foi necessário o envio de viaturas. Nos demais, uma simples informação ou orientações pelo telefone foram suficientes para ajudar alguém em uma situação de urgência/emergência. Com este saldo positivo a Prefeitura de Botucatu promoveu na noite da última sexta-feira (6), com um Teatro Municipal Camilo Fernandes Dinucci lotado, uma série de homenagens aos cerca de 60 profissionais do Samu.

Um dos principais presentes foi anunciado pelo prefeito João Cury Neto, que liberou a compra de duas motocicletas, modelo Honda XRE-300, cujo investimento será de aproximadamente R$ 30 mil. Os dois novos veículos se juntarão às duas ambulâncias que já operam: uma Unidade de Suporte Básico (USB) e outra Unidade de Suporte Avançado (USA). As motocicletas são equipadas com “giroflex” e caixa para assessórios de primeiro socorros. O socorrista da “motolância” também leva em suas costas uma mochila com desfibrilador.

“Nós iremos ganhar em agilidade. As motocicletas conseguem desviar do trânsito quando ele está carregado e ter acesso a vias mais estreitas. Além disso, são mais duas novas opções enquanto as ambulâncias estiverem em outras ocorrências. Elas podem chegar primeiro e realizar os primeiros procedimentos de urgência e emergência”, argumenta o coordenador do Samu Botucatu, o enfermeiro José Martins de Souza Neto, um dos homenageados da noite ao lado da enfermeira e ex-secretária municipal da Saúde e também enfermeira Tania de Cácia Gasparelo.

Na oportunidade, 58 profissionais [médicos, técnicos de enfermagem, técnicos auxiliares de regulação médica e condutores] também receberam certificados pela conclusão dos cursos de capacitação interna. Foram mais de 240 horas de aulas práticas em parceria com o Ministério da Saúde e Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo.

Sobre o Samu – O Samu, criado em 2003 pelo Governo Federal, realiza o atendimento de urgência e emergência sempre quando acionado pelo telefone gratuito 192. Ele funciona 24 horas por dia com equipes de profissionais de saúde como médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e socorristas que atendem às urgências de natureza traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, ginecológico-obstétrica e de saúde mental da população.

Atualmente o Samu Botucatu conta com 22 médicos; sete enfermeiro; dez técnicos de enfermagem; dez condutores de veículos de emergência; 13 técnicos auxiliares de Regulação Médica; e cinco auxiliares gerais.

Quando chamar o Samu?

Problemas cardiorrespiratórios graves;

Dor aguda no peito;

Convulsão;

Acidentes ou agressão com armas “brancas” ou de fogo;

Suspeita de derrame (AVC): alteração na fala ou na face e falta de força nos braços;

Intoxicação;

Queimaduras graves;

Crises hipertensivas;

Afogamentos;

Choque elétrico;

Desmaios;

Acidentes com traumas graves;

Trabalho de parto onde há risco de morte da mãe/feto

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