Ato contra privatização contra a Sabesp é adiado em Botucatu
Decisão deve-se à realização da prova da primeira fase do vestibular da Unesp
Da Redação
O ato contra a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) inicialmente marcado para a próxima quarta-feira, 15 de novembro, foi adiado pela organização. A mobilização ocorreria no largo da Escola Estadual Cardoso de Almeida (EECA).
Segundo comunicado, a decisão deve-se à realização da prova da primeira fase do vestibular da Unesp, que ocorre na mesma data e também está agendada para a EECA. Ainda não há uma nova data definida para o novo ato, que deve reunir funcionários, entidades, partidos políticos, entre outros setores da sociedade.
Este seria o segundo protesto contrário ao projeto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em desestatizar a Sabesp. O primeiro ato foi realizado em 12 de outubro, com um abraço simbólico na sede da companhia, em Botucatu, que reuniu centenas de participantes, entre populares, funcionários, políticos e autoridades.
A proposta de venda da empresa já está em análise na Assembleia Legislativa. A Sabesp possui atualmente valor de mercado é estimado em R$ 42,22 bilhões. Em 2022 obteve lucro de R$ 3,12 bilhões, resultado 35,4% superior aos R$ 2,3 milhões registrados no ano anterior. A companhia investiu R$ 5,4 bilhões em 2022, sendo R$ 2,16 bilhões em água e R$ 3,22 bilhões em esgoto.
Em Botucatu, a Sabesp está presente desde a década de 1970 e é responsável por 62.460 ligações de água em 661,9 quilômetros de extensão da rede de fornecimento. Possui, ainda, 43 reservatórios e duas estações de tratamento de água. São 59.069 ligações de coleta de esgoto em 480 quilômetros da rede e cinco estações de tratamento de dejetos.
A companhia ainda é responsável, em âmbito municipal, pela construção e operação da futura Represa da bacia do Rio Pardo, com investimentos de R$ 56 milhões.